“As almas de todos os homens são imortais, mas as almas dos justos são imortais e divinas”. Com essa citação do filósofo Sócrates, tem início a maior de todas as sagas mitologica no cinema, certo? Não chega a tanto. O filme tem a mesma - e já batida - releitura da eterna luta entre o bem e o mau. Não é ruím, mas também não é excepcional. É até um bom entretenimento. Digamos que tenta ser algo entre 300 e Fúria de Titãs. Agora, visualmente falando é excelente, mas cinema não é só isso, é preciso mais, é preciso conteúdo, é preciso ser vísceral.

Segundo O Livro de Ouro da Mitologia, Teseu, filho de Etra, foi o heroi que, chegando a Atenas a fim de ser reconhecido por seu pai, o rei Egeu, quase fora envenenado por sua madrasta, a feiticeira Medéia; enfrentou e venceu o Minotauro, monstro com corpo de homem e cabeça de touro, que era mantindo num labirinto habilmente projetado para que ninguém conseguisse escapar; tonou-se rei de Atenas após o suicídio de seu pai; combateu e derrotou as amazonas, que invadiram as terra atenienses. Esses fatos, por si só, já eram o suficiente para um roteiro de qualidade. Mas fazer o quê?

Críticas negativas a parte, sejamos justos, o filme tem seus pontos forte. Conta com ótimos efeitos especiais. Alias, como eu já disse, visualmente falando é excelente: apresenta paisagens que mais parecem um eterno crepúsculo e um visual cartunesco como que saído das Historias em Quadrinhos - coisa que em 3D fica ainda melhor. Muito bem sacado, foi colocar os deuses com suas reluzentes armaduras douradas de batalha contrastando com a escura e sobria aparência dos titãs. As cenas de ação alternam a câmera lenta e a velocidade normal, tal qual no 300 de Zack Snyder. A sequência com os escudos lembra em muitos o filme dos espartanos. Mickey Rourke (Os Mercenários), como Hyperion, interpreta de forma convincente um daqueles vilões que dá raiva e ao mesmo tempo medo só de ver. Henry Cavill (o atual Superman, que poderá ser visto nos cimemas em 2013), na pele de Teseu, encarna um heroi firme e valoroso, um líder nato. O elenco conta ainda com Freida Pinto, John Hurt (Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal), Stephen Dorff (Blade, Inimigos Públicos). O filme deixa um final aberto para uma possível sequência. Vale à pena conferir o visual e as cenas de ação de Imortais.
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