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terça-feira, 27 de setembro de 2016

Obras de Fábio da Silva agora disponíveis em E-Book pela Amazon


Distribuídas pela Amazon, as principais obras de Fábio da Silva agora estão disponíveis em E-Book para dispositivos Kindle.

Para aqueles que ainda não conhecem, Kindle é um leitor de livros digitais desenvolvido pela Lab126 (subsidiária da Amazon), que permite aos usuários comprar, baixar, pesquisar e ler livros digitais, jornais, revistas, e outras mídias digitais via rede sem fio.

Confiram os E-Books das principais obras do autor:

O Escritor: Ele tem o destino em suas mãos




Pode alguém impedir a morte escrevendo? 
Na cidade do Rio de Janeiro de 1929, o atormentado escritor Carlos de Assis, que sofrera uma grande decepção, não consegue se declarar à encantadora professora Maria Clara Rabelo. Em contrapartida, à medida que Carlos escreve o seu livro, uma série de assassinatos ocorre na cidade. Curiosamente, as mortes guardam semelhança com a história que escreve. Então, auxiliado por seu amigo Waldir Medeiros, Carlos decide investigar, pois ele é o único capaz de desvendar esse mistério. Mas o escritor estará pondo em risco não só a sua vida, mas a da mulher que ama. 
O roteirista e escritor, Fábio da Silva, após conquistar o 2º lugar no Concurso Roteirista.com, em fevereiro de 2009, com o curta “NADA É POR ACASO”, decidiu transformar o seu 1º longa, O ESCRITOR, em livro. 
O romance é uma viagem histórica pela então capital da República no final dos anos 20. Logo na introdução, há uma breve descrição da Avenida Rio Branco, que inicialmente chamava-se Central. Com um final surpreendente, a trama passa ainda pela Biblioteca Nacional, Teatro Municipal e Praça Mauá. 

"Obra bem redigida e com ótimo ritmo. Merecedora da Estrela de Distinção." 
"MESA DO EDITOR" 


O Escritor: Ele tem o destino em suas mãos eBook Kindle



A Mata: Apaixonar-se pode ser mortal



Você acredita em maldição?
O médico Eduardo Ribeiro também não acreditava.
De casamento marcado para daqui a um ano, Eduardo vai a Corumbá, no Mato Grosso do Sul, visitar a família de sua bela noiva Marília. Chegando lá, conhece a misteriosa e sedutora Caroline.
Quando homens são mortos na cidade, Caroline afirma que eles estão sendo vítimas de uma maldição e que ela sabe como impedir os assassinatos. Sem muito acreditar, mas apaixonado pela moça, Eduardo decide ajudá-la. Só que o médico não sabe que está pondo em risco mais que o seu casamento com Marília.
Depois de O ESCRITOR, o autor Fábio da Silva nos traz mais uma obra baseada num roteiro homônimo seu, A MATA. Repleto de reviravoltas e com um final surpreendente, o romance tem sua trama ambientada no paraíso ecológico de Corumbá, cidade que recebeu o apelido de “Capital do Pantanal”.
Na história, nada é o que parece e apaixonar-se pode ser mortal.



domingo, 25 de setembro de 2016

O Símbolo Perdido - Mais uma aventura de Robert Langdon


O quarto livro da série encabeçada por Robert Langdon, talvez seja um pouco explicativo demais e crie rodeios quanto ao grande mistério da trama que vem a ser revelado ao final, mesmo assim o livro é diversão garantida, mantendo o mesmo padrão ao mesclar ciência, história e suspense presentes em outras obras do autor.

"Depois de ter sobrevivido a uma explosão no Vaticano e a uma caçada humana em Paris, Robert Langdon está de volta com seus conhecimentos de simbologia e sua habilidade para solucionar problemas. Em 'O Símbolo Perdido', o professor de Harvard é convidado às pressas por seu amigo e mentor Peter Solomon - eminente maçom e filantropo - a dar uma palestra no Capitólio dos Estados Unidos. Ao chegar lá, descobre que caiu numa armadilha. Não há palestra nenhuma, Solomon está desaparecido e, ao que tudo indica, correndo grande perigo. Mal'akh, o sequestrador, acredita que os fundadores de Washington, a maioria deles mestres maçons, esconderam na cidade um tesouro capaz de dar poderes sobre-humanos a quem o encontrasse. E está convencido de que Langdon é a única pessoa que pode localizá-lo. Vendo que essa é sua única chance de salvar Solomon, o simbologista se lança numa corrida alucinada pelos principais pontos da capital americana - o Capitólio, a Biblioteca do Congresso, a Catedral Nacional e o Centro de Apoio dos Museus Smithsonian. Neste labirinto de verdades ocultas, códigos maçônicos e símbolos escondidos, Langdon conta com a ajuda de Katherine, irmã de Peter e renomada cientista que investiga o poder que a mente humana tem de influenciar o mundo físico. O tempo está contra eles. E muitas outras pessoas parecem envolvidas nesta trama que ameaça a segurança nacional, entre elas Inoue Sato, autoridade máxima do Escritório de Segurança da CIA, e Warren Bellamy, responsável pela administração do Capitólio. Como Langdon já aprendeu em suas outras aventuras, quando se trata de segredos e poder, nunca se pode dizer ao certo de que lado cada um está."


Vale à pena ler O Símbolo perdido, de Dan Brown, 512 páginas, Editora Sextante

domingo, 18 de setembro de 2016

6.720 HORAS de gravidez sem dúvida


Ao se deparar com a notícia da gestação, o casal é invadido por diferentes emoções. A alegria cede espaço para a elaboração de sonhos e fantasias. Ao mesmo tempo que a notícia desperta amor e carinho, aparecem também preocupações e medo. Medo de não corresponder às expectativas de ser uma “boa mãe” ou um bom pai”.

Com informações adequadas e precisas, este livro surge para auxiliar mulheres grávidas neste momento de transição. Orienta de forma clara e objetiva, dá dicas e sugestões e possibilita uma auto-avaliação dos conhecimentos acerca das situações mais importantes vivenciadas tanto na gravidez quanto no puerpério. Esse livro foi escrito pensando nas características específicas da mulher brasileira e dá a devida ênfase aos aspectos nutricionais, pessoais e emocionais da gestante.

Vale à pena ler 6.720 HORAS de gravidez sem dúvida, 256 páginas, editora Carnevale

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Dissecando a ditadura

Dossiê Lições de 1964: quatro títulos abordam, cada um sob o seu ponto de vista, diferentes fatos e os desdobramentos do Golpe

1964 em ritmo de aventura


Com fartura de detalhes e texto fluente, numa narrativa projetada para atrair o leitor, 1964 - O golpe que derrubou um presidente, pôs fim ao regime democrático e instituiu a ditadura no Brasil (Civilização Brasileira) traça um quadro ao mesmo tempo amplo e detalhados dos acontecimentos do início dos anos 1960, levando o leitor para o centro dos acontecimentos. Num dos bons trechos do livro, por exemplo, vemos Jânio Quadros, após sua renúncia, isolado no aeroporto de Cumbica, à espera de que a República clame por seu retorno, enquanto Jango bebe champanhe em Cingapura, brindando “ao imprevisível” e o Jornal do Brasil anuncia que os sindicatos pediam a volta de Jânio. A disputa pela liderança dentro do PTB, envolvendo Brizola, Jango e San Tiago Dantas, é outro aspecto bem explorado pelo livro. Jorge Ferreira, biógrafo de Jango, e Angela de Castro Gomes, especialista na trajetória do trabalhismo, são os autores dessa obra de grande fôlego. A maior fonte, explicitam os autores na apresentação, foram os jornais e revistas da época. E uma das grandes preocupaçôes: derrubar a noção de que o golpe não teve apoio de lideranças e de grandes parcelas da população civil.



A ditadura nas páginas dos jornais



Carlos Chagas, mestre do jornalismo, repórter daqueles cujas fontes não são o Google e a Wikipedia, astuto observador das intrigas e movimentos das raposas felpudas de Brasília, lança mão de centenas de recortes de jornais para dissecar os bastidores da ditadura, com suas intensas e constantes lutas intestinas envolvendo generais e lideranças civis. A ditadura militar e os golpes dentro do golpe (Record) acompanha, por exemplo, o então ministro Costa e Silva indo de quartel em quartel em Realengo numa noite de 1965, para exigir dos coronéis-comandantes de cada unidade que respeitassem sua liderança e não “descessem” para ocupar o Maracanã e impedir a apuração dos votos da eleição que daria a vitória a Negrão de Lima no pleito para o governo da Guanabara, em 1965. O imbróglio que se seguiu é destrinchado passo a passo pelo repórter e culmina com a instituição do AI-2, que, entre outras coisas, extinguiu os partidos políticos, determinou que os “atos revolucionários” ficariam excluídos de apreciação judicial e autorizou o presidente a decretar o recesso do Congresso Nacional.



Os tentáculos do regime



A primeira edição da coletânea O Golpe de 1964 e o Regime Militar (Edufscar), organizada por João Roberto Martins Filho, foi ao prelo em 2006 e tornou-se um referencial para o estudo da ditadura. Trazendo um ótimo time de pesquisadores e abrangência temática ímpar, o volume cobria em seus artigos assuntos como cultura, sexualidade e política externa, pouco explorados nas coleções sobre o tema. Entre os destaques estão o artigo O anticomunismo militar, no qual Rodrigo Patto Sá Motta defende a tese de que a principal força aglutinadora da coalizão que possibilitou o golpe foram os temores da implementação, por parte do presidente João Goulart, de um regime autoritário de base esquerdista, e a análise de Julianna Gazzotti sobre o discurso do Jornal da Tarde nos anos posteriores ao golpe, que, segundo ela, defende, endossava a posição do governo em relação ao combate à oposição armada e os comunicados oficiais em resposta às denúncias de tortura,  vistas como casos isolados. O livro ganha reedição agora, na esteira do aniversário dos 50 anos da ruptura democrática.



Dilemas que, 50 anos depois, permanecem



Na apresentação de A ditadura que mudou o Brasil (Zahar), os organizadores lembram que muitos aspectos o legado de 1964 seguem à espera de soluções satisfatórias: “o autoritarismo que continua a impregnar certas relações sociais, a democratização incompleta do Estado e da sociedade, os níveis elevados de violência social e policial, as desigualdades (de renda, de educação, de acesso à Justiça) extremas que ainda caracterizam a paisagem brasileira”. Desse ponto de vista parte a seleção de artigos que compõem a coletânea. No artigo de abertura, Daniel Aarão Reis expõe o vendaval de modernização que varreu o país entre 1964 e 1979, com seus altos custos, movidos pela ideologia do nacional-estatismo, cuja gênese ele localiza em outra ditadura, a do Estado Novo. Miriam Hermeto fala do teatro em tempo fechado e Anderson da Silva Almeida revisita o explosivo movimento dos marinheiros de 1964, desafiando versões consagradas dos fatos e absolvendo quase todos os envolvidos nos “distúrbios”.




quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Qual a abreviação de Vossa Excelência?


A abreviação de Vossa excelência é V.Ex.ª. 

Exemplo:
 
Vossa Excelência chegará a Brasília dentro de minutos.
 
V.Ex.ª chegará a Brasília dentro de minutos.
 

Vossa Excelência é um pronome de tratamento, também chamados de axiônimo. Pronomes de tratamento ou axiônimos estão incluídos no grupo dos pronomes pessoais e são formas mais corteses e reverentes de nos dirigirmos à pessoa com quem estamos falando ou de quem estamos falando. São, maioritariamente, utilizados em tratamentos formais, quando o interlocutor ocupa cargos ou posições sociais elevadas e prestigiadas.
 

Neste caso, o pronome de tratamento Vossa Excelência ou V.Ex.ª deverá ser utilizado em tratamentos cerimoniosos e respeitosos a pessoas com alta autoridade, como o Presidente da República, ministros, senadores, deputados, embaixadores, etc. No caso do Presidente da República, não deverá ser utilizada a forma abreviada do pronome de tratamento.
 

Fique sabendo mais!
 

Emprega-se Vossa Excelência quando se fala com a pessoa e Sua Excelência quando se fala sobre a pessoa.
 

Exemplos:
 
Vossa Excelência estará presente na cerimônia de encerramento?
 

Lamento informar que Sua Excelência, o Presidente da República, não poderá estar presente na cerimônia de encerramento.
 

Atenção!
 

Embora os pronomes de tratamento se dirijam à 2ª pessoa do singular ou do plural (Vossa Excelência ou Vossas Excelências), a concordância verbal deverá ser feita sempre com a 3ª pessoa do singular ou do plural.
 

Exemplo:
 
Infelizmente, V.Ex.ª não cumpriu suas promessas eleitorais.

Palavra Relacionada: excelência.

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Sherlock Holmes em Um Estudo em Vermelho


Um Estudo em Vermelho é a primeira história de Sherlock Holmes e o primeiro livro publicado por Sir Arthur Conan Doyle (1859-1930). Muito menos do que um livro de estreia, esta história nasceu clássica, com seu ritmo vertiginoso de suspense e mistério que consagraria seu protagonista Sherlock Holmes como o mais apaixonante e popular detetive da história da literatura. Um estudo em vermelho propõe um enigma terrível e invencível para a polícia, que pede auxílio a Holmes: um homem é encontrado morto, sem ferimentos e cercado de manchas de sangue. Em seu rosto uma expressão de pavor. Um caso para Sherlock Holmes e suas fascinantes deduções narrado por seu amigo Dr. Watson, interlocutor sempre atento e não raro maravilhado com a inteligência e talento do detetive.

Autor(a):  Arthur Conan Doyle
Categoria: Romance, Policial, Suspense.
Texto integral. 135 páginas.
ISBN: 978-85-66798-25-8



sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Tipos de textos narrativos



A narração é um dos gêneros literários mais fecundos, portanto, há atualmente diversos tipos de textos narrativos que comumente são produzidos e lidos por pessoas de todo o mundo.

Entre os tipos de textos mais conhecidos, estão o Romance, a Novela, o Conto, a Crônica, aFábula, a Parábola, o Apólogo, a Lenda, entre outros.

O principal objetivo do texto narrativo é contar algum fato. E o segundo principal objetivo é que esse fato sirva como informação, aprendizado ou entretenimento. Se o texto narrativo não consegue atingir seus objetivos perde todo o seu valor. A narração, portanto, visa sempre um receptor.

Vejamos os conceitos de cada um desses tipos de narração e as diferenças básicas entre eles.

Romance: em geral é um tipo de texto que possui um núcleo principal, mas não possui apenas um núcleo. Outras tramas vão se desenrolando ao longo do tempo em que a trama principal acontece. O Romance se subdivide em diversos outros tipos: Romance policial, Romance romântico, etc. É um texto longo, tanto na quantidade de acontecimentos narrados quanto no tempo em que se desenrola o enredo.

Novela: muitas vezes confundida em suas características com o Romance e com o Conto, é um tipo de narrativa menos longa que o Romance, possui apenas um núcleo, ou em outras palavras, a narrativa acompanha a trajetória de apenas uma personagem. Em comparação ao Romance, se utiliza de menos recursos narrativos e em comparação ao Conto tem maior extensão e uma quantidade maior de personagens.

OBS: A telenovela é um tipo diferente de narrativa. Ela advém dos folhetins, que em um passado não muito distante eram publicados em jornais. O Romance provém da história, das narrativas de viagem, é herdeiro da epopéia. A novela, por sua vez, provém de um conto, de uma anedota, e tudo nela se encaminha para a conclusão.

Conto: É uma narrativa curta. O tempo em que se passa é reduzido e contém poucas personagens que existem em função de um núcleo. É o relato de uma situação que pode acontecer na vida das personagens, porém não é comum que ocorra com todo mundo. Pode ter um caráter real ou fantástico da mesma forma que o tempo pode ser cronológico ou psicológico.

Crônica: por vezes é confundida com o conto. A diferença básica entre os dois é que a crônica narra fatos do dia a dia, relata o cotidiano das pessoas, situações que presenciamos e já até prevemos o desenrolar dos fatos. A crônica também se utiliza da ironia e às vezes até do sarcasmo. Não necessariamente precisa se passar em um intervalo de tempo, quando o tempo é utilizado, é um tempo curto, de minutos ou horas normalmente.

Fábula: É semelhante a um conto em sua extensão e estrutura narrativa. O diferencial se dá, principalmente, no objetivo do texto, que é o de dar algum ensinamento, uma moral. Outra diferença é que as personagens são animais, mas com características de comportamento e socialização semelhantes às dos seres humanos.

Parábola: é a versão da fábula com personagens humanas. O objetivo é o mesmo, o de ensinar algo. Para isso são utilizadas situações do dia a dia das pessoas.

Apólogo: é semelhante à fábula e à parábola, mas pode se utilizar das mais diversas e alegóricas personagens: animadas ou inanimadas, reais ou fantásticas, humanas ou não. Da mesma forma que as outras duas, ilustra uma lição de sabedoria.

Anedota: é um tipo de texto produzido com o objetivo de motivar o riso. É geralmente breve e depende de fatores como entonação, capacidade oratória do intérprete e até representação. Nota-se então que o gênero se produz na maioria das vezes na linguagem oral, sendo que pode ocorrer também em linguagem escrita.

Lenda: é uma história fictícia a respeito de personagens ou lugares reais, sendo assim a realidade dos fatos e a fantasia estão diretamente ligadas. A lenda é sustentada por meio da oralidade, torna-se conhecida e só depois é registrada através da escrita. O autor, portanto é o tempo, o povo e a cultura. Normalmente fala de personagens conhecidas, santas ou revolucionárias.

Estes acima citados são os mais conhecidos tipos de textos narrativos, mas podemos ainda destacar uma parcela dos textos jornalísticos que são escritos no gênero narrativo, muitos outros tipos que fazem parte da história, mas atualmente não são mais produzidos, como as novelas de cavalaria, epopéias, entre outros. E ainda as muitas narrativas de caráter popular (feitas pelo povo) como as piadas, a literatura de cordel, etc.

Devido à enorme variedade de textos narrativos, não é possível abordar todos ao mesmo tempo, até mesmo porque cotidianamente novas formas de narrar vão sendo criadas tanto na linguagem escrita quanto na oral, e a partir destas vão surgindo novos tipos de textos narrativos.


Fonte: InfoEscola

O pior dos livros de História

Votação nos Estados Unidos elege biografia de Thomas Jefferson como a obra com mais erros históricos já escrita

Marco Antonio Barbosa

Alguma vez você se perguntou qual seria o livro de história mais equivocado de todos os tempos? Os leitores do portal History News Network responderam a essa questão elegendo The Jefferson Lies: Exposing the Myths You’ve Always Believe About Thomas Jefferson (“As mentiras de Jefferson: expondo os mitos sobre Thomas Jefferson nos quais você sempre acreditou”, em inglês), de David Barton, como o volume histórico menos confiável já editado.

Barton, considerado um dos mais influentes políticos evangélicos dos EUA e firmemente ligado ao Partido Republicano, compôs seu livro a partir da importância que a religião teria sobre a vida e as decisões políticas do terceiro presidente americano. Erros factuais e distorções ideológicas foram as principais reclamações dos participantes da pesquisa da HNN; segundo os historiadores Warren Throckmorton e Michael Coulter, autores do livro Getting Jefferson Right: Fact Checking Claims about Our Third President  (“Entendendo Jefferson: verificando os fatos sobre nosso terceiro presidente”), Barton “interpretou incorretamente e distorceu várias ideias e ações de Jefferson, particularmente suas visões e práticas sobre religião, escravatura e relações entre a Igreja e o Estado.”

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Há pessoas que creem...


Há pessoas que creem que as diferenças religiosas nos separam. Eu prefiro acreditar que, independente da crença, é a fé que nos une.

A riqueza da Idade Média

A obra A Idade Média e o dinheiro – Ensaio de antropologia histórica, de Le Goff, aborda como as pessoas julgavam a riqueza, o acúmulo e a circulação de metais preciosos no período


Por Mauro Trintade



No primeiro dia de abril, o mundo perdeu um dos maiores especialistas em Idade Média e um dos idealizadores da Nova História, Jacques Le Goff, que teve seu livro A Idade Média e o dinheiro – Ensaio deantropologia histórica lançado no Brasil recentemente. Seus estudos oferecem uma nova visão dessa longa era, muitas vezes reduzida a mero e arrastado interlúdio entre a Antiguidade e o Renascimento, um período de estagnação assolado por bárbaros, peste e fundamentalismo. 


Essa percepção, no entanto, vem mudando e Le Goff ajuda a mostrar que a “Idade das Trevas” foi muito mais, em análises eruditas – e admiravelmente claras. O livro ajuda a corrigir a forma grosseira com a qual aquela era foi tratada desde que Leonardo Bruni a definiu em sua Historiae Florentini populi. Le Goff interpreta o passado não como um cadáver a ser exumado, mas como uma história viva sujeita às mesmas forças humanas que regem o presente. Em seu célebre História e memória (Unicamp, 528 páginas, 2012), ao analisar o trabalho de Marc Bloch e Benedetto Croce, aponta alguns pecados capitais no trabalho histórico, entre eles, “que esse trabalho fosse estritamente tributário da  cronologia: seria um erro grave pensar que a ordem adotada pelos historiadores nas suas investigações devesse necessariamente modelar-se pela dos acontecimentos.” Assim história não é mera narrativa linear dos fatos, mas interpretação e reorganização permanentes do passado em função do presente.

Já saíram pela mesma editora O Deus da Idade Média, Uma longa Idade Média,Uma história do corpo na Idade Média, Em busca da Idade Média, A bolsa e vida,Os intelectuais da Idade Média e São Francisco de Assis. E, em particular, o monumental São Luís, que recuperou a biografia como gênero histórico, retirando-a das páginas de escândalos, calúnias e narcisismo, em um momento em que a história econômica e social se sobrepunha à história política dos tronos e potestades. Também foram lançados aqui Homens e mulheres da Idade Média (Estação Liberdade), Para uma outra Idade Média eHeróis e maravilhas da Idade Média (Vozes).

O escritor francês também é identificado com o que se denominou de Nova História, o momento mais atual do que fi cou conhecido como a Escola dos Annales, movimento historiográfico que, criado pelo próprio Bloch e Lucien Febvre em 1929 com a revista Annales d’Histoire Économique et Sociale, propôs uma nova atuação da história em colaboração com as ciências sociais, em uma interdisciplinaridade que a afastou da história natural e ampliou seus limites documentais, com elementos da cultura material e imaterial, como a oralidade, as artes e as próprias mentalidades.

A Idade Média e o dinheiro – Ensaio de antropologia histórica revela não apenas a história do dinheiro naquele período, mas como as pessoas julgavam a riqueza, o acúmulo e a circulação de moedas e metais preciosos e como sua abundância – e escassez – foram importantes em determinados momentos da vida social e econômica da Europa. Por exemplo, qualquer leitor eventual pode saber a respeito das críticas à usura feitas pela Igreja na Idade Média e ter os ouvidos acostumados à atividade bancária mantida por negociantes judeus, mas Goff nos alerta que a maioria dos comentários a respeito destes são fruto do antissemitismo do século XIX e carecem de consistência histórica. Muito mais ricas são as relações entre o surgimento do purgatório no pensamento medieval e a aceitação cada vez maior do lucro sobre o dinheiro, isto é, o juro, em uma transformação de valores operada ao longo de séculos. Ele ainda lembra, com pertinência, que a palavra latina ratio é traduzida frequentemente como razão, mas também se refere a cálculo, em uma demonstração de como o conceito de mensuração tornou-se importante na Europa a partir do século XIII.

O historiador observa também que, durante boa parte da Idade Média, a riqueza de um homem não poderia ser medida em dinheiro. O próprio termo seria pouco compreendido naqueles séculos. Moeda, dinheiro e pecúnia estariam mais perto do sentido atual. Terras, homens e recursos eram as medidas de riqueza. Durante toda a Baixa Idade Média a moeda teve pouca circulação. A cunhagem era limitada e a monetarização da vida foi um processo longo, complexo e com vários impulsos históricos, sociais e culturais que dificilmente podem ser analisados em uma única esfera do conhecimento. Daí a força do método da Nova História de Le Goff , que recusa interpretações precipitadas a respeito de acontecimentos, práticas e instituições que tinham um sentido muito diferente há sete ou oito séculos. Para Goff , aliás, há um anacronismo nefasto na historiografia, incapaz de compreender os homens e mulheres da Idade Média como diferentes de nós, assim como aquilo que hoje chamamos de “bancos”, “dinheiro” ou mesmo “economia”.

Na verdade, a economia tal como a entendemos só adquire especificidade a partir do século  VIII. Segundo o historiador austríaco Karl Polanyi, ela estaria até então embutida num labirinto de relações sociais, em um “sistema global de valores da religião e da sociedade cristãs” do qual jamais se emancipou durante a Idade Média. Le Goff se bate contra a tese de que ali já se inoculava o germe do capitalismo, em um simplismo que não dá conta da grandiosidade do período. “A criatividade da Idade Média está em outros pontos”, conclui o historiador.


Os Conquistadores - Corrupção na colônia

Trama de romance de Marco Moretti traça paralelo entre as primeiras décadas após a descoberta do Brasil e o início da corrupção



Tema presente em todas as rodas de dicussão no Brasil, a corrupção não é assunto novo. Durante o século XVI, depois da chegada dos europeus ao novo mundo, florestas foram devastadas na extração do pau-brasil e na caça de animais exóticos para serem traficados. Escravos nativos eram capturados para serem utilizados como mão de obra. Esse é o cenário no qual se passa a trama de Os Conquistadores. Trata-se do segundo romance do jornalista e professor Marco Moretti, mestre em Comunicação Social pela USP.


Editado pela Novo Século, o livro chegou às livrarias no mês de outubro oferecendo aos leitores uma reflexão de que os males de hoje no Brasil começaram à época da conquista pelos europeus. A obra volta ao século XVI para mostrar os primórdios de problemas como a corrupção, a ambição dos poderosos, o descaso com as populações nativas, a imposição de uma cultura e uma religião estranha.

A trama principal relata a viagem de expedicionários pelos sertões do país em busca de um tesouro fictício, mas outras histórias se entrecruzam no caminho. Os Conquistadores é dividido em duas partes, combinando realidade e fantasia, com direito a um mistério que só é revelado na última página.